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MP do Ceará deflagra a operação Raio X que investiga a sonegação de impostos em joalherias

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    dialogoce
  • 29 de abr.
  • 2 min de leitura

A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MP do Ceará e dos outros órgãos do Cira cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara dos Crimes contra a Ordem Tributária em residências de investigados e em uma loja situada num shopping de Fortaleza.

Foto: Divulgação
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O Ministério Público do Ceará e as demais instituições que compõem o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) deflagraram, nesta terça-feira (29), a operação conjunta “Raio X” para apurar suspeita de sonegação fiscal no setor de comércio de jóias na capital. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MP do Ceará e dos outros órgãos do Cira cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara dos Crimes contra a Ordem Tributária em residências de investigados e em uma loja situada num shopping de Fortaleza.


Além dessas medidas, a Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático dos investigados. O material apreendido agora será analisado e confrontado com os dados a serem obtidos das quebras de sigilo. O Cira apura a suspeita de sonegação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Bens e Direitos (ITCD).


A investigação do Cira começou após constatações do setor de Execuções Fiscais Estratégicas da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que encontrou cobranças fiscais contra a empresa investigada, atuante no setor de joalheria, porém sem que houvesse nenhum patrimônio para saldar as dívidas. Outro aspecto que chamou a atenção foi a empresa ter proposto ação de inventário negativo após o falecimento da matriarca do grupo empresarial, argumentando que ela não tinha deixado nenhum bem aos herdeiros. Com o aprofundamento da investigação, aumentou a suspeita de fraude fiscal estruturada, através da criação de grupo econômico de administração familiar, visando ocultar patrimônio e blindar bens.


“A operação é um marco no combate à sonegação fiscal no Ceará, pois trata-se de uma apuração conjunta de vários órgãos e instituições, integrantes do Cira. O Comitê atua sob regime de força tarefa e já recuperou mais de R$ 106 milhões em ativos aos cofres do Estado nos últimos quatro anos. Além dessa atuação conjunta, é a primeira grande investigação envolvendo, também, provável sonegação de ITCD, para além do ICMS, foco principal da atuação do Cira”, destaca o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Felipe Diogo Frota.


As medidas judiciais foram cumpridas por promotores de Justiça do Gaesf; delegados e inspetores da Delegacia de Combate aos Crimes Tributários da Polícia Civil; além de auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) e procuradores da PGE.

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