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Especialista fala sobre os procedimentos que melhoram a Hiperplasia Prostática Benigna

  • Foto do escritor: dialogoce
    dialogoce
  • 28 de ago.
  • 2 min de leitura

A próstata tem formato arredondado e um pouco achatado na parte superior, semelhante a uma noz, pesando normalmente entre 15 e 25 gramas, e está situada abaixo da bexiga.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A partir dos 60 anos de idade, cerca de 50% dos homens apresentam alterações na próstata compatíveis com a hiperplasia prostática benigna (HPB), ou, em termos mais simples, o crescimento benigno da glândula. A próstata tem formato arredondado e um pouco achatado na parte superior, semelhante a uma noz, pesando normalmente entre 15 e 25 gramas, e está situada abaixo da bexiga. Ela é responsável, junto com as vesículas seminais, pela produção da maior parte do líquido do sêmen.


A HPB é uma condição que não necessariamente acarreta problemas à saúde, pois em média apenas metade dos homens com próstata aumentada sofrem sintomas que os motivem a buscar uma avaliação médica. De acordo com o urologista e cirurgião robótico Emanuel Veras, a HPB pode provocar uma compressão da uretra, canal por onde a urina passa para ser eliminada do corpo, o que pode resultar em sintomas urinários. “Esses sintomas podem ser um jato urinário fraco, idas ao banheiro mais frequentes, esforço para urinar, urina entrecortada, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após a micção e urgência para urinar”, explica.


Nos últimos anos, a medicina desenvolveu métodos minimamente invasivos que visam reduzir os sintomas urinários causados pelo aumento da próstata sem a necessidade de ressecção (raspagem) do órgão ou enucleação do adenoma (retirada da parte central) da próstata com a utilização do laser ou da cirurgia robótica.Trata-se de técnicas que preservam ao máximo possível a anatomia e a função prostática, minimizando o risco de complicações como sangramento, incontinência e disfunção sexual, e que permitem ao paciente retornar mais rapidamente às atividades do dia-a-dia.


A tecnologia Rezum, também conhecida como Terapia com Vapor de Água, é um exemplo de referência nesta categoria. O procedimento é realizado por meio de uma pequena cânula introduzida através de uma câmera na uretra. O cirurgião injeta vapor de água de maneira controlada diretamente no tecido “aumentado” da próstata. O vapor condensa e libera energia térmica, provocando, assim, a destruição seletiva das células e uma redução gradual do volume da glândula.


Segundo Veras, o procedimento é vantajoso porque dura entre 15 e 30 minutos, e pode ser feito com anestesia local ou sedação leve. Porém, na opinião do especialista, “talvez seja a preservação da função sexual a maior das vantagens para a qualidade de vida e a autoestima do paciente, porque o tratamento preserva a ejaculação em 80% a 90% dos pacientes, além de resultar em uma incidência de disfunção erétil muito baixa”.


Também no leque de opções de tratamento está o UroLift, procedimento em que pequenos implantes são colocados para afastar os lóbulos da próstata e abrir o canal uretral sem cortar ou destruir tecido. O UroLift também pode ser realizado com anestesia local ou sedação leve, preserva a ejaculação em aproximadamente 90% dos casos, e o paciente tem alta hospitalar geralmente no mesmo dia.


Diante das diversas alternativas existentes para tratar a hiperplasia benigna da próstata, o especialista deve escolher qual utilizará avaliando o tamanho e a anatomia da próstata, a intensidade dos sintomas, as expectativas do paciente e sua condição clínica.


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