Pesquisa revela que 30% da população brasileira tem hipertensão
- dialogoce
- há 7 horas
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O levantamento revela, ainda, que a prevalência é maior entre as mulheres nas capitais brasileiras, com 29,3% dos diagnósticos, enquanto os homens correspondem a 26,4%.

Pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), estima que cerca de 30% da população adulta brasileira viva com hipertensão. O levantamento revela, ainda, que a prevalência é maior entre as mulheres nas capitais brasileiras, com 29,3% dos diagnósticos, enquanto os homens correspondem a 26,4%.
A cardiologista Poliana Requião, docente do Instituto de Educação Médica (Idomed), informa que a prevalência aumenta com a idade e que, entre 50% e 60% dos pacientes acima dos 60 anos têm hipertensão. “Apesar de a incidência da doença aumentar com a idade, isso não impede que jovens — e até mesmo crianças - sejam afetados“, diz a cardiologista.
A médica alerta, ainda, que a doença é silenciosa. “Estima-se que cerca de 50% dos pacientes hipertensos não sabem do diagnóstico”. Porém, a hipertensão pode apresentar alguns sinais. “Dor de cabeça, náuseas, tontura, falta de ar, intolerância ao exercício, alterações visuais ou até disfunções eréteis podem surgir como sintomas”, alerta. A especialista ressalta que, justamente por ser assintomática na maioria dos casos, a hipertensão pode passar despercebida por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Fatores de risco
Segundo a cardiologista, diversos fatores podem contribuir para o surgimento do quadro. “Os principais fatores de risco envolvem a predisposição genética e hábitos de vida inadequados, como alimentação rica em sódio, consumo excessivo de álcool, obesidade e sedentarismo”, afirma.
Como trata-se de uma condição sistêmica, a hipertensão pode comprometer diferentes órgãos. No coração, por exemplo, pode provocar aumento do tamanho do órgão (hipertrofia) e, posteriormente, levar ao enfraquecimento da musculatura cardíaca, resultando em insuficiência cardíaca. Além disso, a doença é considerada o principal fator de risco para infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal, que pode evoluir para a necessidade de hemodiálise.
Para evitar complicações mais graves, a médica orienta que os pacientes diagnosticados com hipertensão adotem cuidados contínuos. “É fundamental manter as mudanças no estilo de vida, fazer visitas ambulatoriais regulares e usar corretamente as medicações prescritas”, diz.
Segundo a nutricionista e coordenadora de Nutrição e docente da Estácio de Sá, Anete Mecenas, a dieta Dash (Dietary Approach to Stop Hypertension) é considerada um padrão alimentar saudável, sendo preconizada para o controle da hipertensão arterial, que consiste no adequado consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves, castanhas, amêndoas, nozes. "A dieta também restringe o consumo de carnes vermelhas e processadas, além de sódio e bebidas açucaradas", afirma a especialista.
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