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Janeiro Verde: Especialista fala sobre o câncer do colo do útero

  • Lucas Sousa
  • 27 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de fev.

Entre os fatores de risco, a Sociedade Brasileira de Imunizações destaca o contágio por HPV

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Janeiro Verde alerta sobre a prevenção e conscientização do câncer de colo do útero, que deverá afetar cerca de 17 mil mulheres até 2025, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca).


Entre os fatores de risco, a Sociedade Brasileira de Imunizações destaca o contágio por HPV (Papilomavírus Humano), identificado em mais de 99% dos casos desse tipo de câncer.


A professora de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Diane Cavalcante, explica o que é o câncer de colo do útero.


“O câncer é uma doença maligna que ocorre no colo do útero, que é a parte externa do nosso útero. Então, o útero tem duas partes, o corpo, que fica dentro da cavidade pélvica, e o colo, que é a parte que fica exteriorizada no canal vaginal. Então, o câncer de colo uterino pode ser visualizado, quando ele está grande, através do exame do espéculo feito pelo ginecologista”.


A médica patologista, Diane Cavalcante, fala também sobre como prevenir o câncer de colo do útero.


“A prevenção, ela visa identificar essas células que são alteradas pelo HPV e que com o tempo podem evoluir para uma neoplasia maligna. Antes dele ser um câncer, o HPV causa uma coisa que chama de lesão intraeptalial, ou lesão precursora do câncer. Ela é precursora porque ela vem antes do câncer. Ter um potencial de, se deixada durante algum tempo, evoluir para um câncer. Então o segredo do câncer de colo uterino é localizar e identificar essas lesões num tempo hábil, que normalmente ocorre cinco a dez anos antes do câncer estar estabelecido, e pode-se fazer isso através do rastreio pela prevenção. Essa método de prevenção a gente chama de prevenção secundária”


Outra forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para adultos imunossuprimidos até 45 anos. Exames periódicos, como o Papanicolau, também estão disponíveis pelo SUS.


Vale salientar que nem toda mulher que tem HPV vai contrair o câncer de colo do útero, como ressalta Diane Cavalcante. “Existem tipos diferentes de HPV, em onde alguns têm uma infecção transitória, em que a própria paciente, ela se cura normalmente duas do HPV. Geralmente, esses HPV causam lesões como pequenas verrugas, que podem ser na vulva ou no próprio colo do útero. Já existem outros tipos de HPV em que eles são altamente propensos a não serem eliminados naturalmente, e eles têm a capacidade de se instalar nas células”.


“A maioria das pacientes que têm câncer de colo do útero podem ser assintomáticas, então esse é um grande problema. Então assim, quando tem os sintomas, já tem uma doença relativamente avançada. Então o câncer de colo do útero passa muito tempo subclínico, ou seja, sem sintomas e vai crescendo lentamente, como muitos cânceres acontece isso, né? Então, você tem um tumor que começa muito pequeno e quando ele vai dar sintoma, dependendo do local, ele já está grande. No câncer de colo acontece isso, ele passa muito tempo sem sintomas. Quando os sintomas. Aparecem, quais são eles? É um sangramento transvaginal que ocorre às vezes depois de relações sexuais, uma dor, dor pélvica, especialmente quando essas lesões já estão mais avançadas no caso da dor. Mas, às vezes, as mulheres procuram um ginecologista por conta de um sangramento”. Afirma a professora 


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