Deputado Estadual Leo Suricate se reuni com prefeito e lideranças dos demitidos na rede cuca

Depois de denunciar o caso em plenária, em agosto, o parlamentar participou nesta quinta-feira (02) de uma reunião decisiva com vereadores, representantes da Procuradoria-Geral do Município (PGM), o secretário municipal da Juventude de Fortaleza, Júlio Brizzi, e uma comissão formada pelos trabalhadores demitidos.

Foto: Divulgação

O deputado estadual Léo Suricate (Psol) voltou a colocar em evidência a situação dos ex-funcionários da Rede Cuca, demitidos em junho sem receber as devidas rescisões trabalhistas. Depois de denunciar o caso em plenária, em agosto, o parlamentar participou nesta quinta-feira (02) de uma reunião decisiva com vereadores, representantes da Procuradoria-Geral do Município (PGM), o secretário municipal da Juventude de Fortaleza, Júlio Brizzi, e uma comissão formada pelos trabalhadores demitidos.

Durante o encontro, o prefeito Evandro Leitão (PT) assumiu o compromisso de garantir o pagamento das rescisões, uma parte ainda em 2025 e a outra no início de 2026, assegurando que todos receberão os valores devidos conforme previsto pela legislação trabalhista. 

A negociação representou um avanço para os cerca de 300 ex-funcionários que desde junho aguardavam respostas sobre seus direitos.

A mobilização ganhou força após a atuação de Léo Suricate, que levou o tema ao debate público na Assembleia Legislativa e pressionou o poder municipal para encontrar soluções. A denúncia feita em agosto já alertava para a ausência de retorno e de definições quanto ao futuro dos trabalhadores, o que gerou maior visibilidade para o impasse.

O caso remonta ao início do ano, quando a Prefeitura de Fortaleza abriu licitação para escolher a organização social responsável pela Rede Cuca. O Instituto Cuca, que geria as unidades desde a gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, não participou da disputa, vencida pelo Instituto Juventude Pela Vida (Ivida). Com a transição de gestão, cerca de 300 funcionários foram desligados no fim de junho.

Na ocasião, a Prefeitura divulgou nota afirmando que a responsabilidade pelo pagamento das rescisões era do Instituto Cuca, que teria utilizado recursos destinados a garantias trabalhistas em outras áreas. Segundo a gestão, a dívida do instituto já somava R$ 5 milhões em janeiro de 2025. Mesmo assim, a administração municipal vinha pagando mensalmente os salários até o fim do contrato, antes da troca de gestão.

Com a reunião desta semana e a intermediação política de Léo Suricate, os trabalhadores saem, pela primeira vez em meses, com uma sinalização concreta de quando terão seus direitos reconhecidos. O processo agora segue com acompanhamento das partes envolvidas e expectativa de que os compromissos assumidos sejam cumpridos nos prazos anunciados.

Saiba mais sobre Léo Suricate

Leonardo de Souza Xavier nasceu em Fortaleza, no dia 29 de maio de 1992, filho do pintor de construção civil Cícero Xavier Marinho e da artesã Ana Lúcia Farias Gonçalves. Criado nos bairros Sapiranga e Bom Jardim (Conjunto Tatumundé), reside há seis anos no Jangurussu. É solteiro e pai de Maria Lua.

Desde cedo, esteve ligado à cultura e à participação social. Em 2006, iniciou sua atuação no movimento cultural no Sarau da Praça do Povo, na Sapiranga, e, no mesmo ano, começou sua presença na internet. Em 2012, alcançou grande projeção com a página de humor cearense Suricate Seboso, fundada por Diego Jovino e co-criada e administrada com seu irmão Eduardo de Souza Xavier, tornando-se uma das vozes mais populares e autênticas da comunicação digital no Ceará.

Oriundo de uma família com forte atuação política nas áreas de comunicação, cultura e juventude, Léo Suricate sempre esteve próximo das causas populares e dos movimentos sociais. Cursou o ensino médio na Escola João Nogueira Jucá e iniciou graduação em Publicidade na Estácio, como bolsista integral do Prouni. Sua trajetória política ganhou força a partir da participação no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), experiência que consolidou seu engajamento na luta por direitos e justiça social. 

Atualmente, integra o PSOL, militando ao lado de lideranças nacionais como Guilherme Boulos, Erika Hilton e Pastor Henrique Vieira.

Em 2022, candidatou-se a deputado estadual pelo PSOL, obtendo 22.466 votos e ficando como primeiro suplente. Em 2025, assume o mandato por 90 dias durante licença do deputado Renato Roseno, com o compromisso de enfrentar a extrema-direita no Brasil e no Ceará e dar voz às periferias, especialmente à juventude cearense.