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Dados e pesquisas revelam que animais estão sendo abandonados ou traficados

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    dialogoce
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30 milhões de cães e gatos vivem em situação de rua no país.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Outubro é o mês em que se celebra o Dia Mundial dos Animais, data que convida à reflexão sobre a relação entre humanos e outras espécies e sobre os desafios que ainda persistem na proteção animal. Apesar dos avanços em políticas públicas e campanhas de adoção, o abandono de animais domésticos e o tráfico de espécies silvestres continuam sendo problemas graves no Brasil e no mundo.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30 milhões de cães e gatos vivem em situação de rua no país. O número aumenta em períodos de férias e após as festas de fim de ano, quando muitas famílias desistem de manter os animais.


“O abandono não é apenas um problema de saúde pública, mas também uma questão de responsabilidade social. Animais em situação de rua sofrem com fome, maus-tratos e podem transmitir doenças. É fundamental que a adoção seja sempre consciente”, destaca o professor do curso de Medicina Veterinária da Wyden, Thiago Fernandes.


Além do abandono, o tráfico de animais silvestres segue como uma das maiores ameaças à biodiversidade mundial. Estimativas da INTERPOL e da ONU Meio Ambiente apontam que esse tipo de comércio ilegal movimenta entre US$ 7 bilhões e US$ 23 bilhões por ano, sendo o quarto maior mercado ilícito do planeta, atrás apenas do tráfico de drogas, armas e pessoas.


No Brasil, segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza anualmente. A maior parte morre durante a captura e o transporte.


“Quando se compra um animal silvestre ilegal, não se está apenas levando um pet exótico para casa. Para cada um que sobrevive e é vendido, outros dez morrem no processo. Essa prática contribui para a destruição de espécies e ecossistemas inteiros, além de representar risco sanitário, já que muitas doenças podem ser transmitidas aos humanos”, alerta Thiago.


A conscientização da população é fundamental para combater essas práticas. Adotar com responsabilidade, denunciar casos de maus-tratos ou comércio ilegal e não comprar animais silvestres são atitudes que fazem diferença. Cuidar da saúde do pet, mantendo vacinas em dia, oferecendo abrigo e alimentação adequada, e apoiar ONGs de proteção animal também ajudam a transformar a realidade de milhões de animais.


Segundo dados recentes da OMS e da Renctas, há mais de 200 milhões de cães vivendo em situação de rua no mundo e menos de 1% dos animais traficados são recuperados com vida. Esses números reforçam a urgência de ações que unam poder público, sociedade civil e instituições de ensino na construção de um futuro mais ético e sustentável para todas as espécies.


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