Crianças que nascem com alguma condição genética tem acompanhamento no hospital Cesar Cals
- dialogoce
- há 3 dias
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O ambulatório de genética na Pediatria, que realiza cem atendimentos por mês, ajuda na identificação precoce de necessidades terapêuticas e na orientação sobre intervenções que podem contribuir para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.

O sorriso e o olhar atento de Miguel encheram a sala do consultório de pediatria do Centro de Ambulatórios do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC). Era a segunda consulta dele com a médica geneticista, depois do nascimento. No ambulatório de Seguimento, os bebês nascidos na unidade com alguma condição genética seguem em acompanhamento por até dois anos.
Durante a consulta, todas as perguntas da médica e das residentes eram respondidas pelos pais, que trouxeram o pequeno. Exames, rotina em casa, postura, alimentação. Tudo verificado antes do exame físico. Além disso, todas as orientações são transmitidas para a continuidade do cuidado em casa.
“Desde que tenha uma gestante, que tenha um bebê com alguma malformação, com suspeita de alguma condição genética, já passa pela Medicina Fetal, com avaliação de um geneticista. Quando o bebê nasce, a gente também acompanha”, explica a médica Ellaine Carvalho.
“A primeira consulta é o mais breve possível, após a alta, porque a gente entende que, com a condição genética dos filhos, os pais precisam de muitas explicações. Muitas vezes, as famílias vêm angustiadas; pode ser uma síndrome rara. Depois, depende muito da necessidade de cada paciente, vai depender de cada caso”, pontua Carvalho.
Os resultados de Miguel estão cada vez melhores. Os pais se sentem amparados e dizem que o apoio é um diferencial. “É uma maravilha isso aqui, porque tudo que a gente necessita em termos de exame, de consulta é um socorro mesmo. Eu sou acompanhada aqui desde a gravidez. A importância é porque o hospital dá suporte para a gente não só na gravidez, mas também com a criança. Eu venho para outras consultas com o Miguel aqui no ambulatório”, ressalta Ângela Mara Nobre Maia, 42 anos, moradora da cidade de Limoeiro do Norte.
Nascido com 36 semanas de gestação, em agosto de 2024 e tendo passado um mês e sete dias no Centro de Neonatologia, Miguel vem se desenvolvendo e esbanjando simpatia por onde passa. “Miguel está ótimo, está evoluindo super bem. Ele já está fazendo fisioterapia, é acompanhado pela pediatria e está ótimo de saúde. Agora a gente vai fazer os primeiros exames que todo paciente com síndrome de Down deve fazer no sexto mês e continuar o acompanhamento”, confirma Carvalho.
Durante as consultas, o geneticista avalia o crescimento e as necessidades da criança, ajustando as consultas, os encontros e exames conforme a evolução do quadro. Passam pelo serviço, bebês, já na gestação, suspeitos de alguma condição genética. A avaliação já começa com os internados, mesmo os que não tenham apresentado suspeitas na gestação, mas que confirmaram alguma condição genética após o nascimento.
“O serviço auxilia no diagnóstico, porque muitos desses bebês que têm uma malformação, eles têm uma síndrome genética; acolhimento das mães, que chegam, muitas vezes, aflitas sem saber o porquê daquela malformação. Informa sobre uma possível síndrome que o paciente apresenta, suporte ao diagnóstico e ao acompanhamento clínico e para que esse paciente faça um acompanhamento de um especialista durante o período que ele precisar de suporte clínico”, garante Carvalho.
O ambulatório de genética na Pediatria, que realiza cem atendimentos por mês, ajuda na identificação precoce de necessidades terapêuticas e na orientação sobre intervenções que podem contribuir para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Esse acompanhamento multidisciplinar envolve também outros profissionais de saúde que trabalham em conjunto para proporcionar o cuidado indicado.
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